Atualmente, vivemos num período de incerteza, que está, sem dúvida, a impactar a economia global. Após dois anos de uma pandemia sem precedentes que nos obrigou a reduzir substancialmente o contacto com os nossos familiares, amigos e colegas, deparámo-nos com uma guerra na Europa em pleno século XXI. Todos estes fatores alicerçados, segundo analistas e investigadores, poderão resultar numa grave recessão económica global.
Por outro lado, em quase todos os ramos do mundo organizacional, a tecnologia e o digital tornaram-se palavras fulcrais para o sucesso das organizações, e o setor dos seguros não foge à regra. No entanto, ainda são várias as organizações que sofrem grandes dificuldades neste período de adaptação devido à fraca exposição ao contexto digital e/ou pouca digitalização dos seus modelos de negócio, provocando assim o seu insucesso e, consequentemente, a perda de inúmeros postos de trabalho.
Quando falamos sobre a comunicação entre seguradoras e os seus clientes podemos caracterizá-la como pouco ágil, pouco user friendly e, em alguns casos, bastante burocrática e tradicional. No entanto, o consequente isolamento social dos últimos dois anos, limitou inúmeras ações, nomeadamente as interações físicas, o que “obrigou” os líderes do setor a repensar processos e a acelerar a sua transformação digital, de forma a conseguir acompanhar o ritmo de pedidos e a responder às necessidades dos seus clientes.
Neste sentido, é possível afirmar, sem qualquer tipo de dúvida, que o impacto da tecnologia sobre este setor é enorme. Assumiu um papel fulcral e impulsionou as organizações a inovar e apostar, cada vez mais, no conceito Digital Customer Experience. Hoje em dia, esta aposta revela-se bastante acertada, potenciada também pelo contexto pandémico que atravessámos, e que colocou, definitivamente, o tema na agenda das principais empresas que operam no nosso mercado. Os temas como o da personalização de conteúdos e da user experience são, atualmente, incontornáveis, num contexto onde o digital ganha cada vez maior relevância. A aposta em soluções que permitem a digitalização total do canal, como por exemplo, aplicações móveis, tornando os processos mais simples para cliente, realmente desmaterializados de ponta a ponta, e automatizando também o processo de Back-Office.
Assim, espera-se que, até 2024, 40% das empresas de seguros em todo o mundo tirarem partido de plataformas de automação end-to-end suportadas em IA.
É fundamental, numa era onde tanto se fala de tecnologias de informação, transformação digital, e-commerce, entre outros temas, que as empresas deste setor continuem a sua jornada de transformação, adaptando os seus métodos, modelos operacionais e de negócio, ao novo contexto, exigências do mercado e do consumidor. Ainda há muito trabalho pela frente. Já todos percebemos que viveremos num regime híbrido, onde o digital irá desempenhar o papel principal, tanto para as empresas como para os consumidores.
Publicado em ECO