Somos uma consultora de inovação tecnológica, com mais de 950 colaboradores, que assume o desafio de ajudar as empresas a acelerar a sua Transformação Digital, com uma abordagem fortemente internacional.
Por Teresa Lopes Gândara, Human Capital Director
“A Noesis atua num mercado global e que por isso o teletrabalho já não era uma figura “estranha” para a empresa quando a pandemia obrigou a uma adoção mais alargada deste regime”
Qual a abordagem da Noesis no que respeita ao Employer Branding?
A Noesis tem vindo a apostar numa estratégia de Employer Branding e Recruitment Marketing que passa por refletir a nossa cultura, visão, missão e valores. Essa estratégia foca-se em dois ângulos de abordagem ao tema: retenção e atração de talentos.
Em termos de retenção, um dos nossos objetivos é dar voz aos nossos talentos, nas nossas redes sociais, quer através da promoção de artigos da sua autoria, quer através da sua participação em workshops, palestras, talks e vídeos onde falam sobre o dia-a-dia na organização. Acreditamos que esta é uma boa forma de melhorarmos o engagement dos colaboradores com a organização.
Ao nível da atração, são os nossos talentos que nos ajudam a desenvolver a nossa proposta de valor enquanto empregadores (Employee Value Proposition) e a posicionar-nos como empresa atrativa para trabalhar. Para isso apostamos na presença e participação ativa em diversas iniciativas académicas onde os nossos colaboradores partilham as suas experiências na Noesis. Por outro lado, ao divulgarmos e partilharmos a nossa cultura e as nossas iniciativas internas, bem como os projetos que desenvolvemos e clientes com quem trabalhamos, estamos também a posicionarmo-nos no mercado como uma empresa com projetos relevantes, desafiantes e internacionais, o que contribui para credibilizar a nossa organização junto dos potenciais candidatos.
Numa altura em que grande parte dos colaboradores se encontra em regime de trabalho remoto, como é encarada a questão do salário emocional?
Desde sempre, apostamos numa gestão por objetivos e políticas de remuneração justas e transparentes. Cada vez mais, temos também em conta questões como a flexibilização do horário de trabalho, um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal, os benefícios atribuídos, como a excelente cobertura que temos no nosso seguro de saúde e o incentivo à família que atribuímos.
Neste mesmo contexto, como é feito o match entre o que procuram os talentos e a Noesis?
O principal desafio é sermos capazes de atrair os melhores profissionais e, posteriormente, de os reter na empresa. Atuamos num mercado competitivo, global, onde a disputa pelo talento e a escassez de mão-de-obra qualificada é uma realidade.
Sabemos que os potenciais candidatos procuram organizações que garantam a sua evolução profissional e experiências internacionais e inovadoras. Estes temas, que fazem já parte da nossa cultura, são trabalhados diariamente para que possamos garantir uma vivência enriquecedora a todos os talentos. Recorrentemente auscultamos os nossos colaboradores, através de surveys, e procuramos estar atentos aos movimentos e tendências no mercado de trabalho.
A questão do trabalho remoto tem vindo a ter efeitos na cultura empresarial da Noesis?
A distância obrigou-nos a ser criativos e a desenvolver um conjunto de estratégias para fortalecer a ligação dos nossos talentos com a organização, assegurar o acompanhamento contínuo com o apoio das chefias e promover a segurança no teletrabalho.
Sendo um modelo com algumas vantagens, a principal desvantagem é o perigo de desvinculação emocional com a organização e colegas e é isso que procuramos combater, reforçando a comunicação interna e criando dinâmicas que promovam interação e participação dos nossos talentos.
Entre as várias iniciativas que lançámos neste período, criámos uma newsletter específica para o primeiro confinamento em março de 2020 (#StayConnected), lançámos workshops online apresentados pelos nossos colaboradores e continuamos a dinamizar o nosso programa de formação de talentos, a Noesis Academy. Lançámos também outras iniciativas para promover a proximidade entre todos, ainda que virtualmente: um encontro regular entre toda a equipa diretiva e os nossos talentos, onde partilhamos a visão da empresa, de viva voz, e respondemos às questões que são colocadas por qualquer um dos nossos mais de 950 colaboradores; um momento descontraído em que recebemos um convidado externo de uma área de atividade completamente distinta da nossa, para partilhar a sua história de vida ou inspiração e que é transmitido em direto, para todos os colaboradores.
O objetivo é claro: manter a cultura que vivemos na Noesis e fomentar o contacto entre colaboradores.
Quais os grandes desafios que a pandemia do último ano apresentou à gestão de Recursos Humanos?
Como consultora tecnológica internacional que somos, o teletrabalho não era uma figura estranha para nós. Ainda assim, fomos obrigados a aperfeiçoar este regime de trabalho em larga escala. Reformulámos todo o processo de recrutamento e de onboarding dos novos talentos para um modelo maioritariamente remoto, estando as equipas de gestão completamente preparadas para acompanhar os seus colaboradores, projetos, serviços e clientes.
Como antevê que seja o mercado de trabalho daqui a um ano?
Acreditamos que os candidatos terão como principal preocupação a garantia de que poderão aprender e estar integrados numa equipa e numa empresa em que a cultura seja inspiradora.
Mudamos de empresa para ter melhores condições remuneratórias, mas principalmente por sermos desafiados com projetos novos, oportunidades de crescimento e um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Acreditamos também num formato híbrido (presencial e remoto), o que nos permitirá aproveitar o melhor dos dois mundos.