Num contexto em que tanto se fala da aceleração digital e como a pandemia veio impulsionar a transformação digital nas organizações, já todos percebemos que parte do “segredo” para responder a este contexto passa pela velocidade com que as empresas são/foram capazes de se reinventar e adaptar os seus modelos de negócio ao mundo digital.
A pressão sobre os departamentos de IT aumentou, o desenvolvimento aplicacional e a introdução de novas soluções e tecnologias também. E é perante este cenário que falar de Qualidade – Quality Assurance e Quality Management – faz ainda mais sentido. Estes são temas a que os decisores de negócio e gestores devem estar atentos. Falar de Qualidade, Quality Assurance, testes de software, não pode ser apenas um tema do IT, é um tema que impacta toda a organização, diferentes stakeholders, clientes, em suma, o negócio.
Alguns factos que o demonstram:
- Segundo a Forrester, 25% dos utilizadores abandonam uma aplicação web ou mobile após um delay de apenas 3 segundos. 3 segundos são uma eternidade na customer experience de um cliente, que rapidamente abandona o Site ou aplicação…e procura alternativas.
- De acordo com o IBM System Science Institute, a correção de um incidente critico em Produção tem um custo 10x superior ao que seria a sua correção na fase de testes finais, e 100x superior em relação à fase de desenho. Custos estes apenas nos processos de IT, ou seja, sem somar os eventuais impactos no negócio que muitas vezes resultam em prejuízos tangíveis e intangíveis em escalas incomportáveis.
- E o dado mais “impressionante” … 50% do esforço e orçamento de IT da maioria das organizações é gasto em tarefas de manutenção, devido a problemas relacionados com fraco desempenho, erros ou problemas das suas aplicações (internas ou externas), segundo nos diz a techrepublic.com.
Já calculou os custos diretos, o impacto intangível e o dano reputacional e comercial que este tipo de incidentes pode provocar no seu negócio?
A implementação de uma estratégia de Quality Management eficiente é fundamental para minimizar este impacto, com dados comprovados e que garantem, desde logo, aumentos significativos na satisfação do cliente, por exemplo, quando têm uma excelente experiência online com a sua marca e com as aplicações ou website da sua empresa; redução de releases e versões da aplicação desenvolvida; redução significativa de incidentes críticos, aumentando níveis de confiança dos utilizadores (internos ou externos) na fiabilidade dos sistemas e, até, da informação que geram ou a redução significativa do time-to-market, já para não falar na efetiva redução de custos, relacionados com a manunteção, realização de testes redundantes ou outros tipo de ineficiências relacionadas com os seus sistemas e aplicações.
A automação de testes
A automação está no topo das prioridades das empresas, atualmente e é uma das grandes trends na indústria tecnológica. Há até quem fale em HyperAutomation para descrever o papel central que a automação vai assumir nas organizações do futuro. Também na Qualidade, a automação de testes de software e já uma realidade. Todas, ou quase todas, as grandes empresas que têm aplicações e sistemas críticos para o seu negócio, estão a olhar para a automação como uma forma de redução de esforço, redução na realização de testes manuais, otimização de recursos e, sobretudo, para reduzir os tempos de desenvolvimento das aplicações e os custos associados.
A automação de testes, apesar dos evidentes ganhos que representa, não deve, no entanto, ser vista como uma solução “milagrosa”, per si, no contexto da qualidade e deve ser implementada de uma forma gradual e sempre tendo em conta um importante KPI – o ROI (Return on investment). Há que ter em conta os custos de automatização e é muito importante estimar qual o ponto de equilíbrio entre esforço-investimento-benefícios da implementação de uma solução de automação. Há que considerar o esforço e frequência de desenvolvimento da aplicação em causa, a criticidade da mesma para o negócio, o suporte/manutenção que vai exigir e as tarefas de teste que se realizam manualmente.
Em suma, é cada vez mais importante que as organizações adoptem uma Estratégia de Qualidade, por forma a garantir uma chegada mais rápida ao seu publico alvo, com soluções tecnológicas fiáveis – assegurar a sua funcionalidade que permitem uma boa experiência do cliente. Não alcançar este objetivo é hoje em dia penalizador para a maioria das organizações, e a breve/médio prazo será simplesmente decisivo na sua capacidade de sobrevivência num mercado cada vez mais avido de soluções adequadas e disponibilizadas nos momentos certos.
Artigo publicado em Executive Digest