Luzes e Tecnologia
NOESIS NOS MEDIA
03 novembro 2020

Rumo à transição digital, in O Jornal Económico


Nelson Pereira, CTO da Noesis, partilhou a sua perspetiva sobre os efeitos que a pandemia teve na aceleração do processo de disrupção tecnológica das organizações ao Jornal Económico.

Por Nelson Pereira, CTO da Noesis 

Empresas de software, fintechs, operadoras de telecomunicações e consultoras e tecnológicas explicam como se reiventaram a nível interno e como a aceleração digital em 2020 mudou as organizações e a forma de trabalhar com os clientes - um processo imparável a partir de agora.

Os especialistas, as instituições públicas e as empresas não têm dúvidas de que a Covid-19 acelerou a digitalização. Em que medida a pandemia impeliu, de facto, a disrupção tecnológica?


Passado um período inicial de incerteza, receio e retração, constatamos a aceleração da transformação digital. As organizações depararam-se com alterações radicais no seu negócio, que originaram novos desafios, nomeadamente tecnológicos. Na fase inicial de confinamento, a mobilização massiva de colaboradores para o teletrabalho originou a necessidade de modernização das infraestruturas tecnológicas, a adoção de ferramentas de mobilidade, novos desafios ao nível da cibersegurança e a intensificação das temáticas da cloud e modelos de cloud híbrida.

Na interação com clientes/consumidores, assistimos a um redesenho de processos, com uma aposta na automação, melhoria dos canais de interação e no desenvolvimento de novas ferramentas e aplicações focadas na Customer Experience e Customer Journey.

A necessidade de adaptação despertou também as organizações para o Low-Code, que permite desenvolver rapidamente aplicações que respondem à evolução dos hábitos de consumo ou de relação com clientes, com redução do time-to-market.

Também ao nível da quality assurance, notamos uma crescente recetividade à implementação de modelos de Quality Management, com a automação de testes a assumir um papel fundamental.

A temática dos dados, analítica e Inteligência artificial também ganhou protagonismo, com a aposta em modelos de AI e Machine Learning para gestão de ativos ou para construção de modelos preditivos que contribuam para o aumento da eficiência nas organizações.

Por último, surgiram novos desafios de modernização e aceleração digital, ao nível da Integração e middleware. A complexidade crescente dos sistemas tecnológicos das grandes organizações, conjugado com esta transformação acelerada, em muitos casos não preparada, e com adoção de novas ferramentas, soluções e tecnologias, implica a necessidade de integrar todos estes sistemas, garantir uniformidade dos mesmos e assegurar uma comunicação eficiente entre diferentes fontes de dados, plataformas e canais digitais.

A pandemia provocou uma aceleração digital e os novos tempos revelam-se especialmente desafiantes para as organizações que se querem manter competitivas.

 

*Artigo publicado em O Jornal Económico