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26 julho 2023

InspiratiONal Sessions: Women In Tech, o papel das mulheres na indústria tecnológica


Um movimento que luta pela igualdade de oportunidades entre géneros no mundo das Tecnologias da Informação

"Women In Tech” foi o tema da InspiratiONal Session do dia 6 de julho, que decorreu na Noesis, numa edição especial que teve como principal objetivo realçar a importância de se lutar por uma maior igualdade de oportunidades entre géneros no universo das Tecnologias de Informação (TI) e pela desmitificação de que o mundo das TI é apenas para os homens.

O movimento mundial Women In Tech, presente em Portugal, pretende apoiar as mulheres no setor da tecnologia, dando-lhes maior visibilidade, promovendo o seu crescimento e progresso nesta indústria. Para esta sessão, com moderação de Teresa Lopes Gândara (Human Capital Senior Director), contámos com a presença de Nádia Miranda, IT Operations and Application Support Lead e Finance, People and Corporate Delivery Lead, na Worten, e autora e escritora dos livros Women in Tech e não só!, Kids Tech e da Trilogia Elas, Sofia Couto da Rocha, Chief Transformation Officer & Head Virtual Client, no grupo Lusíadas Saúde, Geraldine Matias, Head of IT Governance e Global IT, na Ferring Pharmaceuticals, Sandra Mateus, Public Sector Account Executive – Health Lead, na Microsoft, e membro do Board da Professional Women’s Network Lisbon, e Joana Alves, aluna de Engenharia e Gestão Industrial no Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa. Estas cinco mulheres assumem diariamente um papel ativo nos temas da diversidade e empoderamento das mulheres.

Segundo os dados do Eurostat, em Portugal apenas 14,4% dos profissionais na área de Tecnologias de Informação são mulheres, um número que se encontra abaixo da média europeia. Nesta Inspirational Session, e com base na experiência pessoal e profissional de cada convidada, a Noesis procurou saber quais as competências que as mulheres devem desenvolver para marcarem a diferença e serem reconhecidas na área das TI.

Sandra Mateus (Microsoft) começou por lançar a pergunta “como é que nós fazemos tecnologia para todos se não contarmos com todos?”, referindo-se à questão da diversidade que deve existir não só nas equipas, como também nos próprios quadros das empresas, por ser capaz de gerar mais inovação e rentabilidade. Daqui surge, então, a necessidade de se criarem iniciativas que promovam a inclusão das várias comunidades, como, por exemplo, atividades relacionadas com o movimento LGBTQI+. Em segundo lugar, destacou a importância do incentivo para o desenvolvimento das carreiras, no sentido em que devemos apoiar quem está ao nosso lado, sobretudo as mulheres, mostrando-lhes que elas também são capazes de chegar a cargos de chefia – “be a real partner”.

No seguimento do pensamento de Sandra Mateus, Sofia Couto da Rocha (Lusíadas Saúde) reforçou que é necessário existir “mais variabilidade e variedade dentro de cada área”, explicando que ter uma perspetiva feminista relativamente ao tema da presença de mulheres no campo das Tecnologias de Informação é adotar “uma perspetiva de equidade entre os dois géneros e não uma perspetiva de defesa de um só lado”.

Para além da diversidade e da equidade, Nádia Miranda (Worten) acredita que se deve ter em consideração o fator equilíbrio, passando a mensagem a atual e as próximas gerações de que o campo das ciências, sejam elas tecnológicas ou não, “também é um mundo para as mulheres e que não é um mundo boring. Desta forma, Geraldine Matias (Ferring Pharmaceuticals) referiu que atualmente se “continua a perpetuar o sexismo e o papel tradicional da mulher”, acrescentando que os setores não devem ter sexo e que não há profissões que são para os homens e outras para as mulheres.

Apesar de mais jovem, Joana Alves, de 20 anos e membro da Junitec, júnior empresa do Instituto Superior Técnico, eleita júnior empresa do ano na Europa, disse já saber o que é ser a única rapariga nos eventos relacionados com as TI, recordando que quando tentava falar com alguém, “parecia que a negligenciavam”.

É precisamente este tipo de situações que o movimento Women In Tech pretende combater ao abrir novos caminhos de oportunidades e ao incentivar a participação das mulheres em campos que ainda são dominados pelos homens. A Noesis acredita que ao continuarmos a apoiar e a encorajar a diversidade de género na tecnologia, podemos criar um setor mais inovador, inclusivo e com capacidade para enfrentar os desafios do futuro.

Assista à Inspirational Session Women In Tech.